A Revolução Islâmica

A Revolução Islâmica - por décadas, os Irã era uma monarquia governada por Xá Reza Pahlevi, que tinha um governo totalmente pró ocidente, e pró EUA, com características totalmente ocidentais, favorecia os negócios americanos no Irã, se distanciava de aspectos da cultura islâmica, o islamismo era algo residual no Irã. O governo de Reza Pahlevi, embora muito bem visto pelos EUA, era muito criticado pelos setores mais radicais da sociedade iraniana, que consideravam que esse governo anulava a cultura islâmica, e nada fazia para amenizar a disparidade social do país, essa críticas eram cada vez mais fortes.

Janeiro/1979 - forças populares iranianas derrubaram o governo do Xá Reza Pahlevi e proclamaram a República Islâmica do Irã - a Revolução Islâmica, com o apoio popular derruba Xá Reza Pahlevi, que foge do Irã; e coloca no poder Aiatolá Khomeini, um Xiita que estava exilado na França.

O movimento revolucionário foi liderado pelo Aiatolá Khomeini, originando um governo teocrático (base divina) e fundamentalista (segue fielmente, sem possibilidade de desvio as determinações do Alcorão) - esse governo destrói livros e obras de arte que continham valores culturais do ocidente, persegue todos que propagavam valores ocidentais, interfere até na maneira de vestir da população iraniana, com o uso da burca, do véu... A população aceita esse governo, pois achava que implantaria reformas sociais para acabar com a desigualdade social no Irã.

Xiitas - não admitem qualquer desvio em relação às leis islâmicas, que pregam a proposta da Jihad islâmica, Guerra Santa do islamismo contra valores ocidentais.

Sunitas - admitem uma interpretação, uma variação das propostas do Alcorão.

O radicalismo religioso do movimento manifestou-se em numerosos julgamentos, condenações e execuções sumárias dos inimigos do regime, que enfrentou forte oposição dos EUA.

A ocupação da embaixada dos EUA, a manutenção de funcionários como reféns e o fracasso da operação de resgate, agravaram a crise entre EUA e Irã - na capital do Irã, Teerã, a embaixada dos EUA foi invadida por seguidores de Aiatolá Khomeini, alguns funcionários foram colocados como reféns; o governo americano tentando libertar esses reféns, numa operação mal sucedida, fez com que vários deles fossem mortos. O saldo da Revolução Islâmica é que para o Fundamentalismo islâmico, os EUA representam o principal inimigo, principal exemplo da civilização ocidental cristã que tem que ser destruída.

Guerra Irã-Iraque (1980-1988)

1980 - Saddam Hussein declarou Guerra ao Irã, com o objetivo de:

\isolamento dos Xiitas

\navegação no Canal Chatt-al-Arab

\liderança no mundo árabe

O ditador iraquiano obteve apoio das principais potências - para o governo americano isso era muito mais interessante visto que Saddam Hussein era um sunita, aceitaria a convivência com o mundo ocidental tranquilamente. Essa guerra nem garante a supremacia do Saddam Hussein como liderança, nem acaba com o conteúdo fundamentalista da Revolução Islâmica no Irã.

A Guerra Do Golfo – Os EUA com interesse nas reserva petrolíferas da região, consideram Saddam Hussein seu principal inimigo ao invadir o Kuwait.

1990 – Saddam Hussein invade o Kuwait:

\acusando o Kuwait de baixar o preço do petróleo – Kuwait não se colocava ao lado dos demais países forçando uma elevação nos preços do petróleo.

\reivindicando indenização e territórios pelo prejuízo com petróleo

1991 - Operação Tempestade no Deserto – EUA, Inglaterra, França, Itália e Egito x Iraque – retirada das tropas iraquianas do Kuwait.

1993 – o Iraque sofre novos ataques – Saddam Hussein impede a ação de inspetores da ONU

1998- Operação Raposa do Deserto – ataque de mísseis dos EUA

*Os EUA encontram todos os motivos para considerar Saddam seu principal inimigo; como o combate ao governo ditatorial, ameaça à paz mundial, governo com armas de grosso calibre, governo que não respeita a ONU. Declaram guerra ao Iraque sob alegação que Saddam tinha armas nucleares em território iraquiano, que poderiam levar o mundo a destruição; invadiram o Iraque e tiraram Saddam do poder.