Oriente Médio do Movimento Sionista aos dias atuais


Da Diáspora judaica ao Movimento Sionista – na antiguidade hebreus e judeus ocupavam a Palestina, quando a região foi invadida pelos egípcios e pelos romanos os judeus foram expulsos de lá, isso fez com que os judeus passassem a viver em Diáspora, ou seja, uma nação sem Estado e com interesses comuns, essa situação ganha importância quando a França é derrotada pela Alemanha na guerra fraco-prussiana, os franceses a procura de um culpado para derrota, botam a culpa em um capitão do exército francês, o Capitão Dreyfus, judeu francês, acusado de passar informações para Alemanha. Dreyfus foi acusado e condenado sem provas formais, em seu julgamento, um jornalista judeu, Teodore Herzl, incomodado por ver Dreyfus ser condenado unicamente por ser judeu, vê uma saída pro judeu deixar de ser discriminado, ter um Estado judaico, criando o chamado Movimento Sionista para isso. O governo Sionista pretendia arrecadar fundos pros judeus comprarem uma terra.
Mapa de Israel
A Diplomacia inglesa na Palestina e a Declaração Balfour - carta de 1917, de Arthur J. Balfour, secretário britânico, enviada ao Lord Rothschild sobre a concessão aos judeus de um Lar Nacional na Palestina, caso a Inglaterra conseguisse derrotar o Império Otomano, que dominava aquela região.
O Holocausto nazista e a expansão do Sionismo – até a 1ª Guerra Mundial a Palestina foi do Império Turco-otomano, depois foi pra Inglaterra, representantes sionistas dizem aos árabes que queriam Palestina.

1947 - fim do mandato inglês
\criação de uma zona neutra em Jerusalém - havia núcleos de ocupação judaica e núcleos de ocupação palestina. O Movimento Sionista tem hábito de estimular a ida de judeus para ocupar Israel.
\criação de dois estados na região - representou uma maneira da ONU compensar a comunidade judaica por sua omissão em relação ao Holocausto nazista. A Liga Árabe (palestinos) não aceita a proposta de criação de 2 estados da ONU, pois o quantitativo de judeus era muito menor que o de palestinos e o Estado judaico seria muito maior que o palestino.
1948 - criação do estado de Israel - início dos conflitos na região - o Estado de Israel é criado, a partir disso a luta dos palestinos era pelo reconhecimento do Estado Palestino, em meio a essa disputa o Estado de Israel cresce assustadoramente, e com uma postura imperialista na região, assim surge o conflito entre israelenses judeus e palestinos árabes.

A Guerra de Independência de Israel (1948-1949)
-Criação de Liga Árabe (Egito, Iraque, Síria, Líbano e Jordânia)
-Ampliação do Estado de Israel – com apoio dos EUA
/Galileia/Deserto de Neguev
\Divisão de Jerusalém com a Jordânia

Guerra de Suez (1956) – Nasser, presidente egípcio, tem 2 propostas, promover a união dos povos árabes, o Panarabismo, e nacionalizar o Canal de Suez. Israel considera que isso criaria um bloqueio natural, de Israel pro Ocidente (Mar Vermelho), por isso Israel, apoiado por França e Inglaterra, declara guerra ao Egito, nessa guerra há a incorporação da Península do Sinai ao território israelense.
-Israel, Inglaterra e França contra o Egito
-Nacionalização do Canal de Suez por Nasser
-Dificuldade para acessar o Mar Vermelho

Guerra dos Seis Dias (1967) - fica evidente a posição conquistadora e a superioridade bélica do Estado de Israel, dominando regiões que até hoje representam foco de conflitos com Palestinos. Os estados muçulmanos têm aversão aos valores do mundo ocidental, o Estado de Israel representa os interesses americanos naquela região, em meio a uma região que vê os EUA como inimigos em potencial.
-Ataque de Israel ao Egito, Síria e Jordânia - tensão pela criação da OLP e pela ação da Fatah - a Liga Árabe cria a OLP (Organização para Libertação da Palestina), movimento antissionista e anti-imperalista que durante décadas foi o principal instrumento de representatividade dos povos palestinos, tendo como principal líder Yasser Arafat, visto pelos israelenses por muito tempo como terrorista, o Estado de Israel se negava a negociar com a OLP sob alegação que era uma organização terrorista, hoje a principal vertente da OLP, o Fatah é visto pelos povos palestinos como uma organização reformista.
-Anexação das Colinas de Golã, Cisjordânia e Faixa de Gaza - domina Cisjordânia, Jerusalém Oriental (Jordânia); Península do Sinai, Faixa de Gaza (Egito); e Colina de Golã (Líbano e Síria) em todas essas regiões existiam povos palestinos.
-Ocupação de Jerusalém - ponto de confronto no Oriente Médio, considerada sagrada pros católicos e judeus, onde construiu se o Templo de Salomão, o Muro das Lamentações e a Mesquita Dourada, símbolos sagrados do judaísmo. A ideia era transformar Jerusalém num território internacional, mas a autoridade nacional palestina quer que o domínio seja exclusivamente palestino.
*Em 1972, durante os Jogos Olímpicos de Munique, a Organização Palestina Setembro Negro, ligada à OLP, invadiu o alojamento dos atletas israelenses e matou vários deles, com objetivo de mostrar ao mundo que existia uma luta palestina pela obtenção de um Estado, o Estado de Israel a partir disso não admite negociar com a OLP, por considerá-la uma organização terrorista, mata vários líderes palestinos, e a cada líder palestino que era morto os palestinos matavam um líder israelense, desencadeou-se uma onda de radicalismo tremendo por isso.

Guerra do Yom Kippur (1973) - Dia do Perdão, em hebraico, data máxima do calendário judeu, semelhante ao nosso Natal.
-Israel X Egito e Síria - o exército de Israel se desmobilizava nesse dia, consciente disso o exército egípcio, faz um ataque relâmpago ao território israelense, mata muita gente, mas a contra ofensiva israelense é devastadora, mostrando ao mundo que Israel tinha se transformado numa potência militar.
-Provocou a Crise Mundial do Petróleo - em virtude desse contra ataque, países árabes impõe um boicote ao mundo ocidental, triplicam o preço do barril de petróleo, promovendo uma crise econômica mundial.
-Conduziu à assinatura dos acordos de Camp David em 1979 - devolução da Península do Sinai ao Egito
\ livre navegação no Canal de Suez
1982- tropas israelense invadem o Líbano, massacram milhares de palestinos em campos de refugiados
1987- a Intifada nos territórios da Cisjordânia e Gaza
1988- o Conselho Nacional Palestino proclamou o Estado da Palestina e declarou aceitar a existência de Israel - legitimação da autoridade nacional palestina.

A Intifada (1987-1993)
-Revolta dos palestinos contra as tropas israelenses na Cisjordânia e Faixa da Gaza – geralmente crianças, agredindo os militares israelenses com pedras e paus, começando a Intifada que é até hoje, mesmo com a existência de grupos ultra radicais como Hamas e Hezbollah, o símbolo da luta pela causa palestina, isso resulta nos massacres dos palestinos. A Intifada foi mostrada ao mundo como exemplo de luta de consciência do povo palestino em relação à causa que eles protegiam, porém em 2000, até os palestinos já discutiam a validade da Intifada, a OLP começa a dizer que a Intifada era preocupante, pois como os grupos radicais se projetaram durante essa revolta reforça a todo o mundo que os palestinos eram terroristas.
-A assinatura dos Acordos de Paz de Oslo (1993) entre Yasser Arafat e Yitzhak Rabin pôs fim à revolta - assinado na cidade de Oslo na Noruega, para muitos era uma possibilidade de paz, pela 1ª vez depois dos acordos de Camp David, entre o Egito e Israel, 2 líderes foram para uma rodada de negociação, Yasser Arafat foi muito criticado pelos grupos radicais por ter negociado com grupos de Israel, isso era trair a palestina , pois a principal premissa da OLP era destruir Israel; Yitzhak Rabin, 1º ministro de Israel, foi muito criticado por negociar com ”terroristas”.

2ª Intifada (2000)
-Visitada de Ariel Sharon à Esplanada das Mesquitas - para mostrar como um líder israelense estava disposto a manter esse canal de negociação, os Acordos de Oslo. Os palestinos consideram aquilo um deboche, reagem, se rebelando, com a liderança de grupos ultra radicais, como o Hezbollah e Hamas, esses militantes não se revoltam mais como os palestinos da 1ª Intifada com pedras e paus, se revoltam com armas de calibres grossos, homens bombas e com discursos tremendamente religiosos radicalistas.
-Projeção do Hezbollah e do Hamas - autênticos representantes da sociedade palestina, mostrando ao mundo como a luta dos palestinos se confunde com radicalismo e com práticas terroristas.
-Confrontos na Cisjordânia e Gaza
2005- retirada das tropas israelense da Faixa de Gaza e assentamentos na Cisjordânia - processo lento que envolve o destino para onde as pessoas que lá habitavam iam. Isso tem um reflexo, em alguns espaços os palestinos vivem miseravelmente, atualmente a Palestina depende de investimentos da ONU, sem isso seria uma sociedade miserável, que poderia ter reações dentro do povo palestino, por causa de moradia e alimentação, por outro lado essa situação também tem reflexos sobre a sociedade israelense, provoca inchaços em algumas regiões do território israelense.

2006- 2ª Guerra do Líbano
-Sequestro de soldados israelenses pelo Hezbollah - a imprensa ocidental noticiou dizendo que isso era um desrespeito aos direitos humanos, usando isso para descaracterizar mais a causa palestina: Como conceder um Estado a um grupo terrorista? Por isso hoje o governante da Autoridade nacional palestina, sucessor do falecido Yasser Arafat (1929-2004), Mahmoud Abbas, tem consciência plena que a reação vai ser pesada.
-Resolução 1701 da ONU
\Fim das hostilidades
\Retirada das tropas israelenses

Comentários

  1. uma duvida, pelo que percevi israel ainda ocupa territorios que teoricamete pertencem á palestina por direito, a o,n,u nao faz nada contra israel pk??

    outra duvida, nao percevi a parte d guerra entre israel e o libano de aver 2?? podem explicar um pouco melhor sff??

    o blog ta fixe, ajuda imenso kem ker aprender.

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