Iluminismo


Iluminismo (movimento das luzes, da ilustração)
Transição da Idade Moderna (Séc. XV-XVIII) para a Idade Contemporânea (Séc. XVIII até hoje) – outro fator: Revolução Francesa.
Movimento filosófico que busca através do racionalismo e do cientificismo questionar as bases do Antigo Regime europeu em aspectos políticos, econômicos e sociais.
Racionalismo Renascentista – na Revolução Científica (Séc. XVII) os filósofos, preceptores do saber usando desse racionalismo, questionavam os padrões matemáticos e científicos, já no Iluminismo passam a questionar a SOCIEDADE em que vivem. Filósofos estes:
-Barão de Montesquieu (O Espírito das Leis-1748) – mesmo sendo da aristocracia propôs uma nova realidade política, percebendo que a concentração de poder nas mãos do monarca prejudicava a sociedade. Propôs a divisão em poderes interdependentes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Queria só a limitação do poder absoluto, pois era um conservador, queria a restauração das monarquias medievais e o poder do Estado nas mãos da nobreza. Montesquieu distingue 3 formas de governo:
\República - soberania nas mãos de muitos (de todos = democracia - de alguns = aristocracia) - princípio é a virtude;
\Monarquia - soberania nas mãos de 1 só segundo leis positivas - princípio é a honra;
\Despotismo - soberania nas mãos de 1 só segundo o arbítrio deste - princípio é o medo;
*República Ideal - mescla o conceito de república democrática e aristocrática com a existência de uma monarquia, considera o governo da Grã-Bretanha como ideal a todas constituições de país.
-Voltaire – critica o Absolutismo, pois não havia liberdade de expressão: “Posso não concordar com uma só palavra do que diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-las.” Defendia um Absolutismo em que o rei tivesse um filósofo como assessor e se afastasse da Igreja. Tinha uma visão elitista, causa de seu atrito com Jean Jaques Rousseau.
-Jean Jacques Rousseau (O Contrato Social) – iluminista mais radical por romper com visão aristocrática de Montesquieu e elitista de Voltaire. Defendia a democracia, um governo que governasse para o povo; critica a propriedade privada, rompe com a ideia do homem que nasce mau: “Todo homem nasce bom, a sociedade que o corrompe.” O povo teria o poder de eleger ou derrubar um governante.
-Denis Diderot (filósofo) e Jacques d’Alembert (matemático) – o conhecimento não deveria ser restrito a determinados homens, o progresso aconteceria pela difusão do saber, criando um livro que reunia todo esse saber, a Enciclopédia, inicialmente proibida, pois tinha pontos contra o Absolutismo.
Liberalismo Econômico – questionamento da intervenção do Estado na economia, a prejudicaria, pois esta possui suas próprias leis que a auto regulava. Aproxima-se das ideias de Adam Smith:
Lei da Oferta e da Procura que mantinha a economia em equilíbrio, não era preciso que o rei interferisse na produção, o próprio mercado mostraria suas necessidades (“Mão Invisível” - mercado auto regulador, que conduz as necessidades de investimento) Defendia a corrente da Escola Clássica. Havia 2 correntes:
-Fisiocratas – economia natural, agricultura (“A natureza é única riqueza do homem”).
-Escola Clássica – trabalho, troca de mercadorias e valores agregados.
Despotismo Esclarecido – baseado nas ideias de Voltaire, assessoria de filósofos e ruptura com a Igreja pelo Estado. Movimento em que os monarcas procuravam modernizar o Estado, consolidando seu poder, promovendo mudanças de cunho liberal. Ocorreu em países que não possuíam uma burguesia forte: Prússia (Frederico II), Rússia (Catarina), Portugal (Marquês de Pombal).
-Reis-filósofos – aceitavam influência liberais a fim de consolidar o poder na inconstante Europa do séc. XVIII). Ex: Voltaire assessorou o rei da Prússia, Frederico II entre 1750-1753, o rei estabeleceu uma reorganização do sistema penitenciário e educacional, reviu o posicionamento de tolerância religiosa, tomou medidas liberais de influência iluminista, contudo sem abrir mão dos seus poderes absolutistas.

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