Período Regencial

Deputados e Senadores, os quais faziam oposição a D. Pedro I, conseguiram a abdicação do mesmo, e eles que escolheriam os regentes, ou seja, tomaram o poder.
O P.R. foi um dos momentos mais agitados da história do Brasil, pois deputados, senadores, latifundiários, ou seja, grupos políticos do império entraram em conflito entre eles, pelo poder, o que geraram revoltas (Sabinada, Farroupilha, Cabanagem, Balaiada, Malês...), essa rebeliões traziam um componente novo pra revolta no Brasil, que pretendiam separar as regiões, durante o PR poderia ter ocorrido no Brasil algo que ocorreu na América Espanhola no momento da independência, uma fragmentação territorial, o Brasil poderia ter se fragmentado em diversos novos países, exatamente por conta das disputas através das revoltas. Quando o D. Pedro abdica, a Constituição estabelece que o país fosse governado por regentes escolhidos pela Câmara de Deputados e pelo Senado, porém esses encontraram um repleto parlamentar, assim eles não poderiam escolher quem governar o Brasil, para que não ficássemos sem governo eles escolheram uns deputados e senadores, que foram localizados, pois o legislativo estava em recesso, e foram nomeados à Regência Trina Provisória, até que o recesso do legislativo acabasse, governaram de Abril a Junho de 1831.
Para escolha dos regentes permanentes, eles vão usar o critério geográfico: escolheriam um do Centro Sul, um do Nordeste/Norte, e um do Sul. O principal regente, Diogo Antônio Feijó (padre), conhecido por ter tomado medidas mais polêmicas. A partir daí vamos ter Regência Trina Permanente, o ideal era ter três governantes para que pudessem debater assuntos polêmicos. Ocorreram dois fatos importantes no período, a criação do Código de Processo Criminal, que deu origem aos juízes de paz: juízes locais que tinha poder de prender, de julgar e de resolver conflitos regionais; criação da Guarda Nacional, um aparato militar criado pelos latifundiários, para combater revoltas e obter a ordem, foi criado por fazendeiros que recrutaram homens, deram lhes armas e mandaram lhes resolver revoltas, e com o uso da força realizaria a vontade dos fazendeiros em determinados momentos, quem comandava a Guarda Nacional era conhecido como Coronel. Os coronéis eram fortes, mas não tinham forças para tomar o país. Houve o predomínio de liberais moderados, adversos aos liberais exaltados, eles controlavam a Regência Trina Permanente, eram os fazendeiros (latifundiários) mais ricos, menos rígidos naquilo que defendiam, adeptos a monarquia, ao centralismo e a escravidão; os exaltados eram monarquistas, escravistas e defensores da maior autonomia às províncias. Essas disputas vão levar o governo regencial à criar um conjunto de leis que serão adicionadas a constituição, chamada Ato Adicional de 1834. A principal medida foi acabar com a Regência Trina e substituir pela Una, ou seja, era centralizador; atenderam as diversas correntes políticas do país, para ver se o país ficava em harmonia, criaram a Regência Una favorecendo aos liberais moderados e criaram também as Assembléias Provinciais, ou seja, as províncias do país poderiam criar leis com validade só para província, isso era descentralização, o Ato Adicional era contraditório, pois não se pode promover a centralização e descentralização ao mesmo tempo, então para muitos esse era o “Ato da Anarquia”, que gerou + problemas no Brasil.
A Regência Una era governada pelos conservadores. Por isso os liberais idealizam um projeto para ocupar um espaço junto ao poder político no Brasil (Golpe da Maioridade). Eles propuseram a antecipação da maior idade de D. Pedro II, segundo eles essa era a única artimanha capaz de acabar com as rebeliões, com a ameaça de fragmentação territorial no Brasil e recuperar o poder político. A coroação de D. Pedro II seria capaz de pacificar o país, mas o principal objetivo deles era mesmo ocupar cargos no governo formado por D. Pedro II. Com 14 anos de idade, em 1840, D. Pedro II assume poder como imperador do Brasil, ele irá governar por quase meio século, acabará com as rebeliões do Período Regencial logo que assume o poder. Quando ele é colocado no poder, o Brasil sai da violenta crise econômica que se encontrava desde a crise do setor minerador do país. O Brasil saiu da crise graças ao café, que gerou empregos, criou uma classe dominante que tinha um projeto de país; o café existia há muito tempo, mas era só cultivado como decoração nos quintais das casas. Quando os latifundiários percebem que o café é um gênero lucrativo na Europa e nos EUA, e que se adequava as condições geográficas do Brasil, eles começam a produzir café para exportação. Inicialmente será produzido em larga escala, no Vale do Paraíba Fluminense, Vassouras, durante muito tempo, foi a principal produtora de café no Brasil. Os cafeicultores eram tão ricos, que por exemplo: o Barão de Nova Friburgo tinha uma residência de inverno na capital, que atualmente é o Palácio do Catete (durante anos, sede da República Brasileira). Então o café, modernizou o Brasil, possibilitou investimentos no setor industrial, estimulou a construção de ferrovias, promoveu a grande utilização do trabalho livre e principalmente, pacificou o Império. Depois de 1870 o café foi mais cultivado no Oeste Paulista. * Barão de Mauá  Construção de ferrovias, iluminação a gás, criação de bancos e estaleiros.
As rebeliões do Período Regencial ocorreram por conta do centralismo político evidenciado pela existência do poder moderador, que fazia do RJ centro de todas as decisões políticas e administrativas do império, os latifundiários de outras regiões se sentiam desprestigiados, pois tudo era decidido no RJ. Embora o Brasil fosse dividido em províncias elas não tinham autonomia econômica nem administrativa, dependiam do poder central pra fazer qualquer coisa de relevante. Durante o 1º Reinado e o PR, o Brasil vai viver uma séria crise econômica, os produtos de exportação não eram vendidos em quantidade suficiente pro exterior, terá uma balança comercial desfavorável. Toda a necessidade pra ter a independência reconhecida, faz com que o governo aumente o imposto, e sempre que aumentava a população reagia, o exemplo principal foi a Revolução da Farroupilha, que teve como uma das causas principais, quando os produtores de chá do RS foram obrigados a pagar mais imposto pra vender o seu produto, do que pagariam para o chá do Uruguai entrar no Brasil. Assim eles começaram a exigir mais participação política, queriam um governo que fosse mais sensível as suas reinvidicações, por isso reagem. Uma das questões mais relevantes como causa das rebeliões do PR. foram às disputas políticas entre aqueles que eram favoráveis ao centralismo político (moderados, regressistas e conservadores) e aqueles que eram favoráveis a uma maior autonomia provincial (exaltados, progressistas e liberais). Esses precisavam ter renda, pois só participava ativamente da política brasileira aqueles que possuem uma renda.

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