A Guerra do Paraguai

Foi o maior conflito armado da história da América do Sul. Ocorreu quando o Paraguai se torna independente, e diferente de outros paises da América do Sul, não se submete ao domínio da Inglaterra. O Paraguai se isolou, e esse isolamento foi proveitoso, pois livre da influência inglesa, o Paraguai conhece um desenvolvimento distinto dos outros países, por exemplo: o Brasil para se modernizar ficou dependente da Inglaterra, já o Paraguai se modernizou mais vagarosamente, porém de maneira autônoma, não devendo a ninguém, tendo uma economia voltada para mercado interno. Esse modelo nacionalista atingiu o auge durante o governo de Francisco Solano López, o qual queria que o Paraguai se expandisse e tivesse contato com o mar, para continuar o desenvolvimento, queria a formação do “Paraguai Maior”, eles teriam que pegar parte do território do Brasil, da Argentina e todo Uruguai. Isso fez com que o Brasil, a Argentina e o Uruguai formassem a Tríplice Aliança, uma aliança militar formada contra o Paraguai.


Seria impossível a Guarda Nacional representar o Brasil na guerra, assim o Governo do Império teve que recrutar militares para a guerra, o problema é que boa parte dos brancos não tinha interesse de participar da guerra, a solução do governo foi aceitar no lugar dos brancos escravos, raramente tinha militar que por sua vontade estava participando da guerra, o Governo do Império chegou a fazer festas populares para capturar pessoas para enviar para a Guerra do Paraguai. No primeiro momento da guerra houve uma carnificina dos soldados brasileiros, pois os soldados brasileiros não eram preparados para guerra, só que a partir de determinado momento a Inglaterra começa a financiar o esforço de guerra, a situação assim se inverte, ao ponto de Solano López, não tendo população masculina no seu exército, usa crianças na guerra. O episódio mais trágico da guerra foi a chamada Batalha de Acosta Ñu, em que os soldados paraguaios são cercados pelos brasileiros e são mortos, porém quando eles vêem que eram crianças eles pensam que suas mães vão procurar os filhos, assim quando essas mães vão procurar os filhos os soldados brasileiros matam as mães também, Duque de Caxias jogou corpos com cólera nos rios que abasteciam o Paraguai. O Paraguai será destruído durantes a guerra, o Brasil que começou a guerra, quando o Solano López apreende um navio brasileiro. Muitos negros, com medo de serem presos de novo, não iam pegar suas Cartas de Alforria, as quais eles teriam direito se voltassem vivos da guerra, assim eles ia para os morros, sendo isso uma das origens das favelas. O Brasil foi vitorioso, porém sua participação na guerra foi catastrófica, pois aumentou crise do escravismo, endividou o Brasil com a Inglaterra, vários militares perceberam que na América do Sul todos os países eram republicanos e nesses países os militares dominavam, quando termina a guerra se funda no RJ e em SP o Partido Republicano, com o objetivo de acabar com o Império, e de maioria branca.
Durante muito tempo a Guerra do Paraguai foi um assunto desconhecido no Brasil, pois os principais documentos brasileiros sobre esta eram do exército brasileiro, o qual não liberava para os historiadores. Os primeiros escritos eram sobre uma versão nacionalista sobre a Guerra do Paraguai, falavam que o exército brasileiro foi formado pelos Voluntários da Pátria e que o Paraguai era plenamente culpado pela guerra. Nos anos 80 muitos historiadores brasileiros saíram do Brasil e foram estudar sobre a Guerra do Paraguai, na Argentina, no Uruguai e até no próprio Paraguai, e escreveram livros que mudaram a visão sobre a Guerra do Paraguai. No livro de Júlio José Chiavenato, “O Genocídio Americano”, ele afirma que o Brasil dizimou o povo paraguaio, Duque de Caxias cometeu atrocidades.

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